Cientista de 15 anos desenvolve testes simples e barato para diagnóstico de Câncer
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Jack Andraka um jovem cientista estadunidense de 15 anos, que estuda o primeiro ano do Ensino Médio, desenvolveu um teste simples e barato para fazer o diagnóstico precoce de três tipos de câncer, ao custo de três centavos de dólar. O resultado é obtido em menos de cinco minutos. O jovem ganhou o grande prêmio da Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel, a maior do mundo para pré-universitários.
O teste desenvolvido por Andraka inclui a descoberta de um dos tipos mais letais de câncer: o do pâncreas. Antes de conseguir realizar os testes, fez um projeto de pesquisa que enviou por e-mail para 200 profissionais nos Estados Unidos, recebeu 197 “não” como resposta e dois nunca chegaram a responder. O teste, feito nos moldes de uma feira de ciências, equipara-se a uma tese de doutorado de tão promissora.
A chance - A primeira e única chance aconteceu pelas mãos de Anirban Maitra, especialista em câncer do pâncreas, que trabalha há 12 anos na respeitada Universidade John Hopkins, onde está uma das melhores faculdades de medicina do mundo e investe alto no tratamento do câncer.
O resultado foi que na segunda metade de 2011, Jack começou um trabalho que durou sete meses e segundo Maitra, impressionava pelo compromisso e persistência, além do brilhantismo. Ele ia ao laboratório todos os dias, após aula, viajando 70 quilômetros, até nos feriados e por vezes saía tarde da noite do laboratório. “O projeto estava tão bem elaborado, tão bem escrito e representava uma ideia tão inovadora, que foi impossível recusá-lo. Jack é um rapaz brilhante!”, elogia o professor.
O projeto deve passar pelo crivo da comunidade científica antes de chegar aos pacientes e, quando o artigo para periódicos científicos for publicado, terá o jovem de 15 anos como “chefe da pesquisa”. Segundo Maitra, Jack já está escrevendo e os dois devem enviar o artigo em breve. A técnica já foi devidamente patenteada e há empresas que querem transformá-la em produto.
O teste - Segundo a Intel, o teste criado pelo jovem cientista é 28 vezes mais barato e 100 vezes mais sensível do que o conjunto de técnicas atualmente utilizado para o diagnóstico e em comparação com o teste ELISA, que é o método de detecção mais utilizado, o método se mostrou 26.667 vezes mais barato e 400 vezes mais sensível.
O garoto chegou à descoberta científica depois de meses de estudos, por conta de um tio que morreu acometido por um câncer do pâncreas, que é um dos tipos mais letais. Segundo as estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos são registrados quase 145.000 novos casos de câncer de pâncreas e cerca de 139.000 mortes e cerca de 95% dos pacientes morrem em até cinco anos se o tumor no pâncreas não é descoberto cedo.
No caso do teste desenvolvido por Andraka, basta uma gota de sangue para indicar a existência da doença. “Meu sensor, em um estudo cego, fez o diagnóstico certo do câncer de pâncreas em 100% dos casos. Ele pode diagnosticar o câncer antes que ele se torne invasivo. Ele pode ser aplicado em outras formas de câncer, monitorar medicamentos e ser adaptado para detectar outras doenças infecciosas, como salmonela, E. coli, rotavírus, aids, e doenças sexualmente transmissíveis”, conta o orgulhoso cientista.
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