Pastor que acusa Edir de ligação com narcotráfico teme atentado.
No dia 29 de maio, Carlos Magno de Miranda escreveu em sua página no Facebook que, se vier a sofrer um atentado, os nomes dos responsáveis estão na caixa de seu e-mail. “É só passar para a Polícia, que ela chegará aos criminosos.”
Magno é o pastor que desde 1991 acusa o bispo Edir Macedo, chefe da Universal, de ter comprado a TV Record com ajuda de narcotraficantes colombianos, do Cartel de Cali.
Cinco dias depois de o Magno ter publicado o aviso no Facebook, o blog de Vini Silva, que se apresenta como historiador e teólogo, publicou uma entrevista com o pastor na qual ele reafirmou suas acusações. “Conheço todos os detalhes dessa negociação imoral.”
Magno é o pastor que desde 1991 acusa o bispo Edir Macedo, chefe da Universal, de ter comprado a TV Record com ajuda de narcotraficantes colombianos, do Cartel de Cali.
Cinco dias depois de o Magno ter publicado o aviso no Facebook, o blog de Vini Silva, que se apresenta como historiador e teólogo, publicou uma entrevista com o pastor na qual ele reafirmou suas acusações. “Conheço todos os detalhes dessa negociação imoral.”
Magno contou que em dezembro de 1989, do dia 12 ao 14, ele e sua mulher e outros quatros casais da seita foram a Bogotá (Colômbia) para conhecer a cidade onde seria instalado um templo da Universal. “Só no hotel o bispo [Honorilton] Gonçalves contou a verdade [...]: um traficante, sensibilizado com a campanha da compra da Record, se ofereceu para emprestar US$ 1 milhão e uma quantia a qual não sei calcular em pedras de diamantes”.
O pastor, que então fazia parte da cúpula da Universal, afirmou que se recusou a participar do negócio, mas o dinheiro e os diamantes acabaram sendo transportado para o Brasil. De acordo com relato de Magno ao Ministério Público, os casais desembarcaram no Rio em um avião fretado, com o dinheiro escondido na calcinha das mulheres dos pastores.
“Eu fui o único a ficar fora do esquema”, disse Magno ao blog. “Minha esposa participou alegando que, se [Macedo] estava errado, ele daria conta a Deus.”
Um dos contatos da Igreja Universal na Colômbia seria o narcotraficante Víctor Patiño, que foi preso em 2002 e extraditado para os Estados Unidos. Em 2005, a polícia colombiana descobriu que uma cobertura de 600 metros quadrados de Patiño morava Maria Hernández Ospina, que se apresentava como representante da Igreja Universal.
O pastor, que então fazia parte da cúpula da Universal, afirmou que se recusou a participar do negócio, mas o dinheiro e os diamantes acabaram sendo transportado para o Brasil. De acordo com relato de Magno ao Ministério Público, os casais desembarcaram no Rio em um avião fretado, com o dinheiro escondido na calcinha das mulheres dos pastores.
“Eu fui o único a ficar fora do esquema”, disse Magno ao blog. “Minha esposa participou alegando que, se [Macedo] estava errado, ele daria conta a Deus.”
Um dos contatos da Igreja Universal na Colômbia seria o narcotraficante Víctor Patiño, que foi preso em 2002 e extraditado para os Estados Unidos. Em 2005, a polícia colombiana descobriu que uma cobertura de 600 metros quadrados de Patiño morava Maria Hernández Ospina, que se apresentava como representante da Igreja Universal.
A Iurd sempre negou as acusações, mas até hoje o Ministério Público da Colômbia investiga suspeitas do envolvimento da Igreja Universal em lavagem de dinheiro para o narcotráfico.
Venezuela investiga se Universal lava dinheiro do tráfico de drogas
setembro de 2011
Magno contou que iniciou a negociação da compra da Record com o Grupo Silvio Santos e a família Machado de Carvalho, donos então da emissora.
“A Record foi comprada por US$ 45 milhões, e a igreja assumia as dividas, sabendo que o patrimônio tecnológico era zero, tudo sucateado, o que implicava em ter de comprar tudo novo”, disse. “Foi dado um sinal de US$ 15 milhões, e o saldo restante deveria ser pago em 10 parcelas mensais de US$ 4,5 milhões.”
Venezuela investiga se Universal lava dinheiro do tráfico de drogas
setembro de 2011
Magno contou que iniciou a negociação da compra da Record com o Grupo Silvio Santos e a família Machado de Carvalho, donos então da emissora.
“A Record foi comprada por US$ 45 milhões, e a igreja assumia as dividas, sabendo que o patrimônio tecnológico era zero, tudo sucateado, o que implicava em ter de comprar tudo novo”, disse. “Foi dado um sinal de US$ 15 milhões, e o saldo restante deveria ser pago em 10 parcelas mensais de US$ 4,5 milhões.”
Ele disse que Edir Macedo contou com a interferência de Fernando Collor, então presidente da República, para que Silvio Santos concordasse em dispensar uma fiança de um banco de primeira linha. “Se a Iurd apoiou Collor, por que [a Iurd] não pedir ajuda a ele?”
Magno disse que Silvio Santos abriu mão da fiança porque acreditava que quem de fato estava comprando a emissora era Fernando Collor, tendo Edir Macedo como testa de ferro.
“Edir Macedo entendeu de imediato o que estava acontecendo e disse: "Silvio, você me desculpe, mas o presidente queria segredo, eu não podia revelar nada". Silvio se dirigiu aos demais e disse: "Então está tudo resolvido, não precisa fiança nenhuma".
Magno disse que, naquela negociação, Edir continuou mentindo, dizendo que Collor tinha pedido para que o saldo da dívida fosse parcelado em mais vezes. Mais recentemente, Edir se gabou de ter enganado Silvio Santos na compra da Record.
O pastor saiu da Universal em 1990 e no ano seguinte contou ao Ministério Público sobre a sua viagem e de outros pastores à Colômbia. Ele afirmou que continua cristão, mas não evangélico. Atualmente, é pregador da Igreja Evangelho da Graça de Deus, com um templo em Natal, outro em Recife e o terceiro em Fortaleza, onde mora.
Além da conexão da Universal com o narcotráfico, Magno afirmou saber muito mais. Como a “compra de imóveis de US$ 1 milhão quando todos os pastores ficaram sem salário devido à compra da Record. Sobre o envolvimento com o mundo sujo da política (Collor, Quércia, Renan Calheiros etc.). A remessa semanal de dinheiro para o Exterior via doleiros. O ouro derretido e transformado em barras e levado pessoalmente para ser entregue na casa do Edir nos Estados Unidos”.
A página no Facebook de Magno não tem a sua foto, certamente por precaução.
Leia mais em Paulopes
Magno disse que Silvio Santos abriu mão da fiança porque acreditava que quem de fato estava comprando a emissora era Fernando Collor, tendo Edir Macedo como testa de ferro.
“Edir Macedo entendeu de imediato o que estava acontecendo e disse: "Silvio, você me desculpe, mas o presidente queria segredo, eu não podia revelar nada". Silvio se dirigiu aos demais e disse: "Então está tudo resolvido, não precisa fiança nenhuma".
Magno disse que, naquela negociação, Edir continuou mentindo, dizendo que Collor tinha pedido para que o saldo da dívida fosse parcelado em mais vezes. Mais recentemente, Edir se gabou de ter enganado Silvio Santos na compra da Record.
O pastor saiu da Universal em 1990 e no ano seguinte contou ao Ministério Público sobre a sua viagem e de outros pastores à Colômbia. Ele afirmou que continua cristão, mas não evangélico. Atualmente, é pregador da Igreja Evangelho da Graça de Deus, com um templo em Natal, outro em Recife e o terceiro em Fortaleza, onde mora.
Além da conexão da Universal com o narcotráfico, Magno afirmou saber muito mais. Como a “compra de imóveis de US$ 1 milhão quando todos os pastores ficaram sem salário devido à compra da Record. Sobre o envolvimento com o mundo sujo da política (Collor, Quércia, Renan Calheiros etc.). A remessa semanal de dinheiro para o Exterior via doleiros. O ouro derretido e transformado em barras e levado pessoalmente para ser entregue na casa do Edir nos Estados Unidos”.
A página no Facebook de Magno não tem a sua foto, certamente por precaução.
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