Estudo aponta que a sugestão psicológica pode resultar em notas mais altas.
Já foi comprovado cientificamente que medicamentos e procedimentos médicos sem efeitos reais podem ajudar pacientes em inúmeros casos graças à sua ação psicológica. Esse é o efeito placebo, que muitas vezes inclusive é recomendado como opção de tratamento. No entanto, de acordo com uma notícia publicada peloPacific Standard, um novo estudo sugere que é possível aplicar o mesmo processo para que as pessoas se saiam melhor em provas e testes.
Segundo a pesquisa, o simples fato de um indivíduo acreditar ter acesso às respostas de uma prova antes de sua realização aumenta a probabilidade de que o número de acertos seja maior. Em outras palavras, assim como uma pílula de mentirinha pode ajudar alguém a acessar sua habilidade de tolerar a dor, uma falsa convicção pode ajudar quem está prestes a fazer uma prova a relaxar e apresentar um melhor desempenho.
Sugestão psicológica
O experimento foi conduzido com 40 voluntários, que realizaram um teste de conhecimentos gerais com 20 questões. A prova continha perguntas de múltipla escolha que variavam entre questões numéricas, como qual é o valor de “π”, assim como artísticas, como quem é o autor da famosa obra “Guernica”. Porém, antes do inicio do teste, metade dos participantes foi informada de que as respostas de cada pergunta seriam mostradas rapidamente na tela.
Os voluntários foram informados também que a resposta apareceria rápido de mais para que fosse percebida conscientemente — apenas subliminarmente —, mas que seus cérebros registrariam as informações. Contudo, no lugar das respostas, os pesquisadores apresentaram aos participantes simples sequências aleatórias de letras.
Resultados
Os resultados apontaram que, efetivamente, os voluntários sob o efeito da “pílula de açúcar mental” se saíram melhor do que os do grupo de controle, provavelmente devido à convicção de que tinham acesso às respostas. Os pesquisadores acreditam que essa crença permitiu que eles se sentissem mais confiantes, fazendo com que relaxassem e ficassem mais atentos às respostas.
Os pesquisadores acreditam que essa mesma técnica pode ser aplicada em situações nas quais seja necessário avaliar as habilidades e conhecimentos reais de um indivíduo, sem a “contaminação” de fatores externos, como a ansiedade ou o medo. De qualquer forma, com base nesse estudo, não custa nada começar a repetir mentalmente “você sabe a resposta! você sabe a resposta!” antes de encarar as suas provas.
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