A VERDADEIRA HISTÓRIA SENHORA APARECIDA .


A VERDADEIRA HISTÓRIA SENHORA APARECIDA 

por Dr. Aníbal Pereira dos Reis
ex-sacerdote católico romano




A SENHORA APARECIDA 
(a verdadeira história)

por Dr. Aníbal Pereira dos Reis
ex-sacerdote católico romano
Os direitos autorais e de publicação desta obra, são de propriedade de Edições Caminho de Damasco, que autorizou e aprovou a divulgação nestas páginas.


1.    DEVOTO DA SENHORA APARECIDA

        No clima profundamente religioso de minha família, aprendi, desde muito criança, a ser ardente devoto da Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, segundo pretende o clero.
        Como bons católicos, enviaram-me meus pais, aos seis anos de idade, ao catecismo paroquial na igreja-matriz de São Joaquim da Barra (Estado de São Paulo), minha terra natal.
        Lembro-me perfeitamente. Foi no último domingo do mês de maio de 1931. Nossa aula de catecismo terminara mais cedo, antes das 3 horas, por causa da procissão do encerramento de Maio, o "Mês de Nossa Senhora"...
        Sob a celeuma da enorme azáfama revoavam as naves do templo. As "Filhas de Maria" davam os retoques finais nos andores. O de "São" Benedito, todo de amarelo, deveria sair: – "onde já se viu procissão sem a sua presença?". O de "São" Sebastião, que só saia em sua festa, em janeiro, neste ano desfilaria no encalço dos outros em cumprimento de uma promessa de um dos Junqueira, família abastada da região. O da Imaculada Conceição estava sendo ornamentado na casa de Dona Sara, a presidente da Pia União das Filhas de Maria. Iríamos vê-lo na procissão. Reinava irriquieta curiosidade na expectativa de uma grande e agradável surpresa. A imagem precisava ser mesmo um deslumbramento porque seria coroada ao final da procissão, sob a chuva intensa de multicoloridos fogos de artifício.
        Rarissimamente nosso vigário, o padre Eugênio, aparecia no catecismo. Aos domingos à tarde, o seu grande compromisso se resumia em, cervejando, jogar baralho no bar do Paulo Trombini, ao lado do cinema local.
        Naquele dia ele foi. Insofrido, depois de haver explicado que cada país, cada estado, cada cidade tem um santo protetor, contou-nos que o papa declarara "Nossa Senhora Aparecida", padroeira do Brasil. Elucidou, ainda, que Maria "Santíssima" é uma só e que as diversas e muitas denominações a ela atribuidas não supõem diversas "nossas senhoras". É uma só! Tendo, porém, se manifestado em Lourdes, é chamada "Nossa Senhora de Lourdes"; tendo aparecido em Fátima é dita "Nossa Senhora de Fátima", etc. Relatou-nos, também como apareceu "Nossa Senhora Aparecida"no Rio Paraíba. Explicou que o Rio Paraíba não ficava no Estado desse nome, porém, sim no Estado de São Paulo. Informou-nos, ainda na sua pressa, que no dia 31 daquele mesmo mês de maio, no Rio de Janeiro, a então Capital da República, haveria uma grande festa, com a presença de todos os bispos do País, para coroar rainha do Brasil a "Senhora Aparecida".
        Lembro-me outrossim do meu encantamento quando na procissão, vi o andor dessa Senhora, o mais lindo de todos. Todo iluminado, ornamentado de lantejoulas e ladeado de duas bandeiras e rodeado de pajens trajados de veludo azul. E a imagem sobre o globo terrestre onde apareciam os contornos do mapa de nossa Pátria.
        No sermão, o padre convidou os fiéis para assistirem à missa do dia 31 em regozijo pelas solenidades a se darem no Rio de Janeiro, oportunidade em que, a propósito, informou, contaria os fatos relacionados com a aparição da "miraculosa Santa".

        Com efeito, nesse dia, relatou: – Certa ocasião, o Governador da Capitania de São Paulo, Conde de Assumar, em viagem para Minas Gerais, pernoitou em Guaratinguetá, no Norte do nosso Estado. Então a Câmara local decidiu oferecer-lhe um banquete com uma grande variedade de pratos à base de peixe. À ordem dada pela Câmara, os três pescadores, Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso foram ao Rio Paraíba, em cuja margem direita se localiza a cidade de Guaratinguetá. Principiaram as suas tentativas de pesca no Porto de José Corrêa Leite, descendo até o Porto de Itaguassu, onde João Alves, ao lançar sua rede, colheu, entre alguns peixes, o corpo de uma imagem, sem cabeça. E, ao repetir a operação mais abaixo, estupefato, verificou, envolta nos fios da tarrafa, a cabeça da estátua.
        Os esforços, antes improfícuos, tornaram-se compensados com o êxito de abundante pescaria.
        A cabeça ajustou-se exatamente ao corpo da imagem e, maravilhados, os pescadores viram ambas as partes colarem-se fixamente, apenas encostadas. Foram os dois primeiros milagres da "Senhora Aparecida" no Rio Paraíba, aos 13 de outubro de 1717.
        E prosseguiu o vigário no seu conto:
– Felipe Pedroso, piedosamente, levou o achado para a sua casa, onde o conservou pelo espaço de seis anos. Muita gente da redondeza ia, especialmente aos sábados, rezar diante do oratório. Muitos "milagres" aconteciam e a devoção se divulgou.
        Em 1743, construiu-se uma capela. Em 1846, iniciaram-se as obras de construção de um templo mais vasto, concluídas em Dezembro de 1888 e permanecem na atual basílica.
        Findo o seu conto, o nosso vigário conclamou todos os fiéis presentes a se prostrarem ajoelhados para, em uníssono, repetirem uma reza à Senhora Aparecida coroada, naquela hora, lá no Rio de Janeiro, padroeira e rainha do Brasil: – "Escolhendo por essencial padroeira e advogada da nossa Pátria, nós queremos que ela seja inteiramente Vossa. Vossa sua natureza sem par, Vossas as suas riquezas, Vossos os campos e as montanhas, os vales e os rios. Vossa a sociedade, Vossos os lares e seus habitantes, com seus corações e tudo o que eles têm e possuem; Vosso, enfim, é todo o Brasil... Por Vossa intercessão, temos recebido todos os bens das mãos de Deus e todos os bens esperamos ainda e sempre, por Vossa intercessão..."

        Demonstra essa fórmula, ainda outra vez, a abismal distância entre o Evangelho e o catolicismo...

        Durante os anos do meu curso primário, sempre assisti e participei de comemorações de nossas datas nacionais, em cujos programas sempre se acentuou a Aparecida. Para mim, ser devoto da Senhora Aparecida era condição indispensável para ser bom brasileiro.
        Concluído o curso ginasial, fui para Campinas (Estado de São Paulo) estudar no Seminário Diocesano "Nossa Senhora Aparecida", onde não se ouvia um sermão sem que ela fosse mencionada. A jaculatória: "Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós", repetia-se ao final de cada dezena do rosário desfiado na enfadonha repetição da "Ave Maria" defronte do altar-mor da capela encimado com a sua imagem.
        Aconteceu em setembro de 1942 o IV Congresso Eucarístico Nacional, em São Paulo. A Senhora Aparecida foi intitulada "peregrina do Congresso". Programou-se o comparecimento da VERDADEIRA IMAGEM. Então, certa noite, o diretor do Seminário foi à capela pedir rezas para que ela ficasse em São Paulo também durante os dias do Congresso.
        E, depois de haver eu ouvido pela centésima vez o relato de sua aparição, o padre, naquela oportunidade, com o intuito de elucidar os seus receios, destacou este pormenor: – Depois de aparecida, os pescadores levaram a imagem para a casa de um deles, Felipe Pedroso, onde ficou alguns anos. Numa manhã, a família espantada deu pela falta da "santa". Ansiosos, todos foram procurá-la. Encontraram-na, depois de tanta angústia, no alto da colina. Levaram-na, de novo, para o seu altarzinho antigo, na casa do pescador. Poucas noites seguintes, repetiu-se o incidente. Desconfiaram os devotos que a Senhora queria ficar numa igreja construída no alto do morro.
        Vieram as contribuições, a capelinha foi edificada e a imagem entronizada em seu altar, donde saíra uma única vez, em maio de 1931, quando fora levada ao Rio de Janeiro para ser coroada rainha e padroeira do Brasil.

        A história de imagens fujonas, por carência de imaginação da parte do clero, se repete, como no caso da Penha, no Estado do Espírito Santo e no Rio de Janeiro, e no Rocio, no Paraná.
        Pobreza idêntica ocorre na aparição de tantas "Senhoras" a envolver, num fastidioso plágio, crianças subnutridas e anormais, como em Lourdes, Salete e Fátima.

        Receava-se agora, esclarecido pelo padre, que "Nossa Senhora", durante a noite voasse de São Paulo para a sua basílica em Aparecida do Norte.
        Pedia-nos rezas e mortificações para que a "santa peregrina" se dignasse permanecer na Capital Paulista durante os dias do Congresso Eucarístico.
        Fervoroso devoto, rezei muitos rosários e fiz muitos "sacrifícios" nessa intenção.

        A recepção da imagem aparecida constituiu-se numa das mais pomposas festividades daquele congresso, cuja imponência se constata pelo milhão de pessoas a acompanhar a procissão do seu encerramento, quando a população de São Paulo ainda se encontrava aquém daquela quantidade de gente.
        Conduzia-se processionalmente a estátua da "peregrina" todas as noites, da catedral da Praça da Sé, onde fora entronizada, para o Vale do Anhangabau, com o fim de presidir as sessões solenes. Essas procissões, sem terem sido incorporadas no programa oficial das comemorações eucarísticas, se transformaram em alvoroçadas apoteoses.
        Retornava a imagem, em seguida, para receber as homenagens das multidões a se revezarem dia e noite. O povo devoto permanecia ali aos pés da "santa peregrina" no desígnio de venerá-la condignamente porque – supunha-se – satisfeita permaneceria em São Paulo até ao fim das solenidades.
        A imagem ficou. Foi exaltada em extremo. O Congresso programado para ser eucarístico, acabou sendo "aparecídico". Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, cognominado "o arcebispo de Nossa Senhora Aparecida", a confirmar o mérito desta alcunha, erigiu, na Várzea do Ipiranga, uma nova paróquia dedicada a essa senhora.
        Mas, qual não foi o nosso desapontamento ao sabermos o engodo: a verdadeira imagem não viera a São Paulo! Receberamos apenas um fac-símile! Encerradas as festividades do Congresso, fora entregue à recém-instalada paróquia! Alguns seminaristas se revoltaram e se julgaram vítimas de um ludíbrio.
        – Rezamos tanto diante daquela imagem, supondo-a A VERDADEIRA...
        Conformei-me por estar convicto de que o povo não merecia sua "augusta" presença... E porque "as autoriades eclesiásticas agiram com prudência"...
        Afinal, todas essas circunstâncias suscitaram em minha alma um afeto entranhado à padroeira do Brasil...

2.   FUI UM PADRE DEVOTO DA SENHORA APARECIDA

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Nascemos, crescemos e vivemos como se a vida fosse apenas um pequeno espaço de tempo que temos para cumprir aqui na terra. Vivemos em busca de um dia melhor , mais interessante que o outro, corremos em busca muitas vezes de alegria, de sucesso, de fama, de uma vida profissional; bem sucedida. Ou simplesmente de viver cada dia como se fosse o ultimo de nossas vidas. Curtir, sair para se divertir, correr, pular, correr, dançar enfim viver correndo para tudo como se não houvesse o futuro a nos esperar. Nos enganamos se pensamos ou vivemos assim, existe um futuro que pode ser eternamente bom ou eternamente ruim, isso só depende do caminho que eu e você procuramos seguir hoje. A Vida como um jardim, que hoje as flores nascem, florescem e amanhã murcham e cai. Mas existe um amor que nos faz viver e eternamente bem, existe um lugar onde as flores não morrerão, onde não haverá cansaço, não haverá nem correria, um lugar onde o senhor preparou para nóis ao seu lado vivermos. Jesus no quer que você deixe de viver. Corra, brinque, se alegre, sorria, seja um jovem feliz, mais lembre-se que você pode ser assim e ter um futuro muito melhor com Jesus na sua vida. Porque Jesus morreu para que nós tenhamos vida e vida com abundância no Senhor. Jesus ama você. Aceite o desafio de conhecer e viver com Jesus.

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