Cantora Sula Miranda volta a carreira secular e nega que seja evangélica.



Sula Miranda está retomando a carreira secular após um período afastada, que foi dedicado à sua fé em Jesus e projetos pessoais. Além de cantora, a artista é apresentadora e decoradora. “Às vezes eu tenho que ir para a TV e passo nas obras antes toda arrumada. No fim de semana, eu canto. Eu consigo me dividir em muitas, ainda mais para ficar com o meu filho”, disse.

Neste fim de semana, Sula é a convidada para dar dicas culturais aos internautas. A palavra de Deus, muito importante no dia-a-dia da artista, esteve presente nas sugestões. Sula indicou o filme “Cartas para Deus”, de David Nixon, e o livro “Nos Seus Passos O que Faria Jesus?”, do pastor americano Charles Sheldon.

Contrário ao que muitos pensam, a cantora não se considera evangélica. "Eu costumo pregar a fé racional. Não tem essa de placa de igreja. Eu não gosto de falar que eu sou evangélica. Eu creio na bíblia e sigo a Jesus”, contou. Criada em família católica, ela já circulou entre diversas crenças. “A religiosidade escraviza as pessoas. Hoje eu falo que encontrar Deus é muito mais simples. Eu falo com Ele diretamente, não há intermediário”, esclareceu.

Sula morou sempre na cidade de São Paulo, por isso sugeriu um restaurante da capital. O Josephine tem um cardápio contemporâneo com pratos tipicamente brasileiros. “Adoro locais tranquilos para bater papo com os amigos. Não vou a baladas ou bares porque, de som alto, já basta o show”, disse.

Em relação à música, ela comentou sobre duas cantoras nacionais, a colega de estilo musical Paula Fernandes e Ana Carolina, que segue a MPB. “As meninas estão super centradas, diferente da maior parte dos homens. A música delas tem conteúdo”, opinou. A sua música favorita é “Quem de nós dois”, de Ana Carolina.

Quanto a destino de viagens, Sula prefere o sossego de Santa Catarina. “Tudo me encanta lá, eu realmente recomendo. Se eu tivesse que escolher outra cidade para morar, seria lá, pois é organizada, limpa, chique e tem pessoas bonitas. Sem contar o clima, que tem frio e calor misturado”, afirmou.

Se o objetivo for viajar para fora do país, ela não teve dúvidas ao citar Paris. “Eu amei aquela cidade. Eu fui para o casamento de uma amiga e gravei matérias para um programa. Fiquei muito pouco, só quatro dias, e gostaria muito de ir para ficar um mês. Alugaria um flat e curtiria a cidade a pé, de bicicleta...”, sugeriu.

Na entrevista, Sula também falou com exclusividade ao Portal da Band sobre fama, carreira, fé e família:

Agora você vai voltar a fazer shows com mais frequência?

Sim, eu estou retomando a minha carreira secular. Vou voltar às raízes e cantar sertanejo, mas sem deixar de lado as músicas em que prego a palavra de Deus. Todo mundo canta “Ave Maria” e “Jesus Cristo” com Roberto Carlos, então por que eu não posso gravar uma música com o nome de Deus?

Você acredita que há uma tendência em artistas que já fizeram muito sucesso se converterem?

Não existe isso. Ninguém sai da música popular e vai para o gospel com o objetivo de ganhar dinheiro. Se eu faço um show sertanejo, meu cachê é 50 mil. Se eu vou a uma igreja louvar, não ganho nem 10% disso. Eu cobro sim, porque eu saio da minha casa, tenho despesas, tenho que deixar uma estrutura para cuidar de meu filho. Esse não é o meu sustento, mas eu tenho que cobrar. Nós somos dignos do que ganhamos através do trabalho.

Você nasceu em família católica?

Eu fui criada e batizada na fé católica, mas como todo bom brasileiro eu migrei para tudo. Eu comecei a minha busca para encontrar algo que me satisfizesse. Hoje eu posso falar do que eu gosto porque eu vivi diversas crenças. Não gosto da palavra “religião”, eu tenho fé.

Então você não se considera evangélica?

Não, porque não existe igreja boa ou ruim. O importante é ter fé e falar direto com Deus.

Você atua em diversas áreas, como cantora, apresentadora, decoradora. Dá tempo de fazer tudo?

Eu me desdobro toda, mas dá sim. No mesmo dia, gravo programa, vou para a obra. No fim de semana, tenho show. Mas o mais importante para mim é cuidar bem do meu filho [Natan, de 13 anos], por isso não faço mais tantos cursos. Eu comecei a fazer decoração em minha gravidez, porque não podia viajar. Eu também fiz Educação Artística na faculdade Belas Artes, de São Paulo. Organizo mostras na área de decoração e cuido de obras. Nesse tempo que eu escolhi para ficar distante da mídia, tive tempo para fazer muitas coisas que antes não dava tempo. Agora vou voltar aos poucos à minha carreira.

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