Igreja reage a anúncio polêmico com Cristo Redentor.
Igreja reage a anúncio polêmico com Cristo Redentor
No outdoor, a imagem do Cristo Redentor está ao lado de um conselho nada cristão
Foto: Uanderson Fernandes /O Dia
Um dos dez mandamentos da Igreja Católica ensina que não se deve cobiçar a mulher do próximo. Porém, um site especializado em relações extraconjugais ignorou o ensinamento e usou a imagem do Cristo Redentor em um outdoor do serviço, que promete facilitar a pulada da cerca. O uso da imagem cristã pode acabar em ação criminal na Justiça. A Arquidiocese do Rio - que tem o direito de imagem - mandou notificar a empresa The Ohhtel, dona do site, para que retire o outdoor imediatamente.
"O uso do Cristo Redentor neste outdoor é um absurdo. É um desrespeito à fé, à integridade religiosa, à imagem de Jesus. O Redentor agrega coisas boas e não combina com coisas errôneas, obscuras. A comunidade católica ficou chateada. Não faz sentido o Cristo ser vinculado a anúncio como este", diz o reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar Raposo.
No outdoor, instalado na avenida Armando Lombardi, na Barra da Tijuca, a imagem do Cristo Redentor está ao lado de um conselho nada cristão: "Tenha um caso agora! Arrependa-se depois".
"A empresa está sendo notificada para tirar o outdoor. Caso isso não ocorra 24 horas após a notificação, poderá ser processada civilmente por uso indevido da imagem e criminalmente, por desrespeito ao objeto de culto e uso deturpado da imagem", afirma a advogada Claudine Milone Dutra, da Arquidiocese do Rio.
O reitor do Santuário garante que a Arquidiocese não deu autorização para o uso da imagem: "Não dei e jamais daria autorização para o uso da imagem do Cristo Redentor com esta finalidade. Eles foram muito imprudentes".
Mercado da traição cresce na Internet
Sites para quem procura amantes têm crescido no Brasil. "A vida é curta. Tenha um caso", é o slogan do Ashley Madison, um dos que apostam alto na infidelidade do brasileiro.
O site tem 10 milhões de usuários em 14 países. Mas já surgiram outros sites com propostas semelhantes, como o Second Love e o Ohhtel. Todos oferecem perfis, com preferências sexuais, conversas on-line e troca de mensagens. O cadastro é gratuito, mas para fisgar o amante ideal é preciso pagar taxas de R$ 50. Em alguns sites, são oferecidos até álibis para o traidor.
Polêmicas com a imagem do Cristo Redentor
Em seus 80 anos, o Cristo Redentor coleciona polêmicas envolvendo o uso de sua imagem. Algumas das mais recentes envolvem futebol e cinema. Este ano, o jogador do Botafogo Loco Abreu conheceu a indignação da Igreja Católica quando, ao gravar comercial para empresa de aviação no Redentor, tentou dar um 'chapéu' com a bola no Cristo.
A Arquidiocese, que não fora consultada antes, ameaçou acionar empresa e atleta. Tudo foi resolvido com um pedido de desculpas.
Na telona, em 2010, o filme americano 2012 foi mais longe: o fim do mundo na ficção ganhou cenas em que a estátua desabava. A cúpula da Igreja no Rio, que havia negado dois anos antes o uso da imagem dentro desse contexto, pediu retratação da distribuidora Columbia Pictures e indenização por utilização indevida da estátua sagrada.
Nove anos antes, a Arquidiocese também viu desrespeito aos cristãos quando o redentor estampou maiôs e biquínis em desfile de moda da Salinas. Os donos da marca pediram desculpas públicas aos religiosos e as peças acabaram ficando restritas à passarela.
Outra empresa que precisou rever seus planos publicitários foi a Peugeot. A marca recuou da divulgação de imagem do Cristo em outdoors que anunciariam o Rio como sede da fábrica.
Foto: Uanderson Fernandes /O Dia
Um dos dez mandamentos da Igreja Católica ensina que não se deve cobiçar a mulher do próximo. Porém, um site especializado em relações extraconjugais ignorou o ensinamento e usou a imagem do Cristo Redentor em um outdoor do serviço, que promete facilitar a pulada da cerca. O uso da imagem cristã pode acabar em ação criminal na Justiça. A Arquidiocese do Rio - que tem o direito de imagem - mandou notificar a empresa The Ohhtel, dona do site, para que retire o outdoor imediatamente.
"O uso do Cristo Redentor neste outdoor é um absurdo. É um desrespeito à fé, à integridade religiosa, à imagem de Jesus. O Redentor agrega coisas boas e não combina com coisas errôneas, obscuras. A comunidade católica ficou chateada. Não faz sentido o Cristo ser vinculado a anúncio como este", diz o reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar Raposo.
No outdoor, instalado na avenida Armando Lombardi, na Barra da Tijuca, a imagem do Cristo Redentor está ao lado de um conselho nada cristão: "Tenha um caso agora! Arrependa-se depois".
"A empresa está sendo notificada para tirar o outdoor. Caso isso não ocorra 24 horas após a notificação, poderá ser processada civilmente por uso indevido da imagem e criminalmente, por desrespeito ao objeto de culto e uso deturpado da imagem", afirma a advogada Claudine Milone Dutra, da Arquidiocese do Rio.
O reitor do Santuário garante que a Arquidiocese não deu autorização para o uso da imagem: "Não dei e jamais daria autorização para o uso da imagem do Cristo Redentor com esta finalidade. Eles foram muito imprudentes".
Mercado da traição cresce na Internet
Sites para quem procura amantes têm crescido no Brasil. "A vida é curta. Tenha um caso", é o slogan do Ashley Madison, um dos que apostam alto na infidelidade do brasileiro.
O site tem 10 milhões de usuários em 14 países. Mas já surgiram outros sites com propostas semelhantes, como o Second Love e o Ohhtel. Todos oferecem perfis, com preferências sexuais, conversas on-line e troca de mensagens. O cadastro é gratuito, mas para fisgar o amante ideal é preciso pagar taxas de R$ 50. Em alguns sites, são oferecidos até álibis para o traidor.
Polêmicas com a imagem do Cristo Redentor
Em seus 80 anos, o Cristo Redentor coleciona polêmicas envolvendo o uso de sua imagem. Algumas das mais recentes envolvem futebol e cinema. Este ano, o jogador do Botafogo Loco Abreu conheceu a indignação da Igreja Católica quando, ao gravar comercial para empresa de aviação no Redentor, tentou dar um 'chapéu' com a bola no Cristo.
A Arquidiocese, que não fora consultada antes, ameaçou acionar empresa e atleta. Tudo foi resolvido com um pedido de desculpas.
Na telona, em 2010, o filme americano 2012 foi mais longe: o fim do mundo na ficção ganhou cenas em que a estátua desabava. A cúpula da Igreja no Rio, que havia negado dois anos antes o uso da imagem dentro desse contexto, pediu retratação da distribuidora Columbia Pictures e indenização por utilização indevida da estátua sagrada.
Nove anos antes, a Arquidiocese também viu desrespeito aos cristãos quando o redentor estampou maiôs e biquínis em desfile de moda da Salinas. Os donos da marca pediram desculpas públicas aos religiosos e as peças acabaram ficando restritas à passarela.
Outra empresa que precisou rever seus planos publicitários foi a Peugeot. A marca recuou da divulgação de imagem do Cristo em outdoors que anunciariam o Rio como sede da fábrica.
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